quarta-feira, 26 de março de 2008

Fios, fios e mais fios

Fios.

Entrelaçados. Desatrelados. Retorcidos.

Como fragmentos de silêncio ou filamentos humanos de dor.

Hiatos de linha. Frágeis pontes entre o desejo e o vácuo.

Chumaços de algodão,

A amortecer a queda. A vestir dores. A esconder, colorir

e alinhavar restos.

1 comentário:

mirante ponte disse...

Luciane...
Bom dia!

uma leitura,
espero que aprecie...

...numa profundidade obscura, em meio ao deteriorado ambiente, busca quase que inconscientemente de amarras, suportes de tal passagem...seus fios ainda que longos, ao tempo, são requebrados em novas emendas e, há de surgir refiguranda, em um novo todo tecido...

...o espelho, a tristeza e o passado...resistências subterrâneas em fios e fios...
...fios e fios e resitências a tristeza, subterrâneo passado sob espelho movediço...
...raizes de resistência, diante mangue de tristezas, espelho de se ouvir...
...sabedorias de almoxarifado, ainda que inscoscientes atuam em seu labirinto interior...
...dores que tão doídas, anestesiantes, chegam a alienação...
....metáforas cujas raizes são fortes, que retorcem, asfixiam e calam, mas por onde também chega a voz das mãos da tecelã, assim se põe viva, ao criar seu cobertor...

bjs
Zée